segunda-feira, 20 de abril de 2009

O COZINHEIRO INTELECTUAL



Massimo Bottura é chamado de o intelectual da cozinha italiana. O apelido não se deve aos óculos de aros finos e nem ao ar sério, compenetrado. É o discurso intenso e bem construído para explicar suas criações e o profundo conhecimento dos ingredientes de sua região - ele é natural da Emilia-Romagna - que tornam o apelido perfeito. Para completar, o chef-proprietário da Osteria Francescana, em Módena, cozinha duas estrelas no guia Michelin, alia o respeito à tradição com a inventividade no fogão, sem resvalar na superficialidade. Um exemplo é a receita do ice cream bar, uma terrine de foie gras com balsâmico de 50 anos e crocante de amêndoa e avelãs, que ganha o formato de um sorvete. O "sorvete" foi o ponto alto da apresentação de Bottura no Brasil - o chef fez sua primeira viagem profissional ao País no final de abril e mostrou seu trabalho no espaço de eventos do restaurante D.O.M., em São Paulo, e no Le Pré Catelan, no Rio de Janeiro. O prato surpreende pelo seu formato inesperado, mas principalmente por explorar texturas e toda a elegância e complexidade do vinagre balsâmico, um dos produtos-símbolo da Emilia- Romagna. O ice cream bar, ainda, rompe a fronteira entre o doce e o salgado idéia bastante apreciada por Botura. Carne grelhada, não grelhada, feita com carvão orgânico e cozimento a vácuo.


Outros exemplos da vanguarda do chef são as experiências com laser, no qual cozinha-se o coração da carne, mas deixa cru ao redor. "De início, percebe-se o ingrediente em seu sabor primário", explica o chef. Ou a combinação de parmegiano reggiano, outro produto da Emilia-Romagna, em cinco diferentes estágios de maturação e cinco versões: molho, espuma, creme, "ar" e crocante. São criações como estas que colocam o chef entre os grandes nomes da nova gastronomia italiana, ao lado de Carlo Cracco, do Craco- Peck, em Milão, e o triestrelado Massimiliano Alajmo, do Le Calandre, em Pádova. E para este cozinheiro intelectual a cozinha vanguardista de seu país, que surgiu na virada deste século, só aconteceu após muita reflexão. "A década de 1990 foi um período negro da cozinha italiana, voltado para o comodismo. E é em períodos de crise que surgem coisas novas", afirma. "Hoje aplicamos tudo o que aprendemos com os grandes chefs ao nosso território e aos nossos produtos. Estamos num momento de explosão", diz. Para desenvolver seu trabalho, Bottura teve como tutores cozinheiros de peso.Aos 14 anos, refinou o paladar com os pratos de Gualtiero Marchesi, verdadeiro ícone da cozinha italiana moderna. Seus primeiros vôos criativos vieram do contato com o francês Georges Cogny, no final dos anos 1980, um dos chefs que, morando na Itália, trabalharam a cozinha do país a partir de técnicas francesas. Dois mestres famosos acabaram por definir seu estilo. Em 1996, trabalhou com Alain Ducasse, no Le Louis XV de Montecarlo, e, em 1999, passou o verão no El Bulli de Ferran Adrià. "As novas tecnologias são o apoio para que os ingredientes tenham um sabor melhor", considera o cozinheiro. "Essa é minha idéia de cozinha: acima de tudo está a mente, que ninguém pode comprar. Abaixo dela estão os ingredientes e as técnicas. E sob tudo, a cultura, a idéia do belo." Para intelectual nenhum botar defeito.



Osteria Francescana via Stella 22, Módena - 00xx39/059-210118















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INGESTÃO DE LÍQUIDOS E SEU COMPORTAMENTO NO ORGANISMO



A água é fundamental para o funcionamento do organismo. Ela faz parte da composição corpórea e está diretamente relacionada a funções essenciais, assim como transporte e absorção dos nutrientes pelo organismo, manutenção da temperatura do corpo, dentre outros. As recomendações nutricionais enfatizam a importância da ingestão hídrica de cerca de 2 litros por dia. Porém o consumo de outros tipos de bebidas, assim como as ricas em açúcar tem aumentado entre a população de forma geral. Qual o papel deste tipo de líquido no organismo?
Diversos estudos têm demonstrado que as bebidas que contém açúcar, ricas em frutose e até as que contêm álcool, possuem o metabolismo de absorção realizado de forma diferente quando comparado a ingestão de alimentos sólidos contendo esses componentes, principalmente em relação às calorias, sendo maior o fornecimento calórico nos líquidos. Estudo recente avaliou oito bebidas de alto consumo: leite, cerveja, vinho, chá, café, bebidas alcoólicas destiladas, sucos e refrigerantes. Os resultados do estudo evidenciam duas hipóteses: organismo humano possui a base fisiológica para a digestão e absorção de leite humano e água, sendo os demais líquidos relativamente novos ao organismo humano e a segunda hipótese se baseia no fato do carboidrato e do álcool que há nessas bebidas, resultarem em menor saciedade ao organismo, fazendo com que seu consumo seja maior.
Os dados evidenciam a importância no controle da ingestão de certos líquidos ricos em carboidratos e álcool, os quais muitas vezes fornecem poucos nutrientes e muitas calorias, sendo um dos aliados do aumento da obesidade.
Como exemplo pode-se citar a relação direta do aumento no consumo de refrigerantes entre as crianças e a alta incidência da obesidade infantil.


Fontes:

Tani M; Hirayama A; Fujimoto K; Torimoto K; Akiyama T; Hirao Y. Increase in 24-hour urine production/weight causes nocturnal polyuria due to impaired function of antidiuretic hormone in elderly men. Int J Urol; 15(2): 151-4; 2008 Feb.
Wolf A; Bray GA; Popkin BM. A short history of beverages and how our body treats them. Obes Rev; 9(2): 151-64, 2008 Mar.
Saúde Pública - 14/04/2009

GARÇON DE GRIFE



Garçons de grifeModelos, universitários e estudantes de teatro são os profissionais mais requisitados para trabalhar em restaurantes

Júlio trabalha com as roupas da marca Armani.
Garçom do tipo tradicional, que fica plantado ao lado da mesa de terno branco e gravata borboleta, começa a entrar em extinção. Todo restaurante ou bufê moderninho só quer empregados de grife. Universitários, estudantes de teatro e modelos fazem fila para trabalhar nesses estabelecimentos por salários que variam de R$ 1 mil a R$ 1,5 mil por mês. Com um rosto bonito e disposição para trabalhar também aos sábados, domingos e feriados, não é difícil galgar um espaço na área. Contratados por quesitos como desinibição e fluência em inglês, muitos chegam sem experiência, mal sabendo como segurar uma bandeja. Mas, com um pouco de treino, tornam-se estrelas.

Quando atende um cliente reclamão, Tomaz, do Ritz, se resigna: “Até o princípe William já limpou banheiro”

No recém-inaugurado Emporio Armani Caffé, na região dos Jardins, em São Paulo, a equipe parece saída das páginas de revistas. Os garçons vestem roupas da marca italiana e esbanjam estilo. Com 1,83m e olhos azuis, Júlio Diotto, 24 anos, é modelo e aspirante a ator. Já fez participações no seriado Sandy & Júnior e numa novela da Rede Record. Hoje sua principal ocupação é trazer pratos quentes da cozinha às mesas dos clientes. Nunca havia se imaginado trabalhando como garçom, mas aceitou a função para pagar o aluguel. “Não é como trabalhar em qualquer boteco”, avisa Júlio. “Os clientes sabem que não somos garçons comuns e até o gerente nos deixa trocar de turno para fazer testes de comerciais, teatro e tevê.”

Pedro trabalha no Bar D' Hotel, Rio, enquanto não se forma em jornalismo.
Na pizzaria Piola, também na região dos Jardins, exceto pelo avental e a camiseta com o logotipo do restaurante, nenhum deles lembra um “garçom comum”. De tênis Nike, bermuda listrada, piercing na orelha e cabelo descolorido, o ator Guilherme Tavares, 21 anos, porta-se como amigo dos clientes e, por ordem do patrão, não serve bebidas nos copos nem coloca pedaços de pizza nos pratos. “Ficar no pé das pessoas é muito chato”, diz. O gerente, Alexandre Cogo, 27 anos, explica a filosofia da casa: “Se um amigo vai te visitar, você não precisa abrir a lata de refrigerante: ele se serve. Contratamos essa rapaziada para facilitar a empatia com o público.”

Os frequentadores do Piola parecem adaptados à informalidade. Na semana passada, ao se apoiar no braço da cadeira da decoradora Margarete Carvalho, Guilherme esbarrou na perna dela. Em vez de uma bronca, ouviu sonoras gargalhadas – de Margarete e das cinco amigas presentes à mesa. “Se fosse um daqueles garçons engravatados, teria batido nele. Mas com essa carinha, não dá para ficar brava”, brincou a cliente.

A ARTE DE SERVIR

No restaurante Ritz, um dos primeiros de São Paulo a ter a mão-de-obra da molecada, só se contratam pessoas com o mesmo perfil jovem de seus clientes. “Há 20 anos, quando começamos, tinha pai que vinha tirar o filho porque não aceitava vê-lo trabalhando de garçom”, lembra Sérgio Kalil, um dos proprietários do restaurante. “Agora, o preconceito é menor. Trabalhar com gastronomia, turismo ou hotelaria dá status.”


Numa inversão do padrão tradicional, quando os melhores garçons tinham décadas de prática, jovens inexperientes saem na frente na disputa. Diariamente, Kalil recebe de cinco a dez pedidos de emprego. Se o candidato tem mais de 30 anos, ele saca da carteira uma lista com os nomes de mais de 30 interessados e, gentilmente, explica que não há vagas. Tomaz Valentim, 20 anos, não precisou de mais do que meia hora de conversa para conseguir uma. Com porte atlético e cabelos cacheados à la Caio Blat, está se dando bem no serviço. “Além de gostar do ambiente, aprendi a ter humildade. Quando atendo algum cliente reclamão, lembro que o príncipe William já teve de limpar banheiro e me conformo.”







ATUAÇÃO DO NUTRICIONISTA NA ÁREA DE PESQUISA

1)Quando teve início a profissão do nutricionista?

Retomando brevemente a história do nutricionista, sabe-se que o processo de formação desse profissional no Brasil iniciou-se no final da década de 1930, mas apenas em 1967 foi sancionada a primeira lei que regulamentava a profissão.Muitos avanços foram conquistados pela categoria ao longo dessas décadas, nas quais buscou-se a legitimidade e identidade profissional.
A ampliação dos campos de atuação foi certamente uma das maiores conquistas, sendo que para tal fato acontecer houve necessidade de melhorar a qualificação das habilidades e conhecimento técnico-científico desse profissional.
2) Em que áreas atua o nutricionista?
Tradicionalmente, o nutricionista atua nas áreas de: alimentação coletiva, nutrição clínica, saúde pública e ensino. Felizmente, pelo fato de cada dia a população se tornar mais consciente em relação à qualidade de vida, buscando por meio da alimentação manter a saúde e atingir a longevidade, surge novo enfoque a atuação do nutricionista, mesmo dentro das áreas citadas.
Assim, dentro da alimentação coletiva, destacam-se atividades de maior cobertura da alimentação escolar oferecida aos alunos da rede pública, com valorização contínua do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), além de estudos dos perfis epidemiológicos das populações atendidas pelo programa para as devidas intervenções nutricionais.
Na nutrição clínica, destaca-se o atendimento domiciliar (home care), atuação em bancos de leite humano (BLH), instituições de longa permanência de idosos e a ampliação da atuação em consultórios, principalmente com a abertura dos planos de saúde a nossa categoria.
Já na saúde coletiva, o destaque fica para a atuação junto aos Programas de Saúde da Família (PSF).
Além desses setores, a nutrição em esporte e na área de marketing também merecem ser ressaltadas.
3) O nutricionista também realiza pesquisas científicas?
Sim, além de todas as áreas de atuação já mencionadas, o nutricionista se insere e tem grande importância na pesquisa científica.Esse ramo de atuação, não tão divulgado, é de extrema importância, pois há muito a se descobrir e muito do que se certificar. Depende da pesquisa científica a confirmação dos benefícios, malefícios ou ausência de efeito que diversos produtos ou atitudes podem trazer a vida humana.No que se refere à alimentação, muitas são as perguntas intrigantes que remontam tanto às crenças populares quanto à real efetividade de produtos e dietas que são produzidos diariamente por empresas diversas que visam o lucro, ou mesmo em relação a programas sociais lançados pelo governo.
As pesquisas podem ser de cunho epidemiológico, prospectivas ou retrospectivas, ou seja, avaliam a efetividade de uma ação a partir do presente ou avaliam impactos de ações já instalados. Podem ser realizadas em humanos ou em animais (pesquisa experimental), sendo essas últimas realizadas principalmente se algum motivo tornar inviável a realização direta em humanos.
O nutricionista que se dedicar à pesquisa científica pode se preparar para tal desde a graduação por meio da iniciação científica, a qual equivale a um instrumento que permite introduzir os estudantes de graduação potencialmente mais promissores na pesquisa científica. O programa coloca o aluno desde cedo em contato direto com a atividade científica e permite engajá-lo nesse nicho, formando futuros pesquisadores.
Após a graduação, o profissional se prepara para ser um pesquisador independente por meio de mestrado e doutorado.É importante citar que um país que deseja ser respeitado mundialmente deve contribuir com qualidade científica para o conhecimento mundial. Pesquisa científica séria e ética traz crescimento em todos os âmbitos e permite ao país conhecer melhor a si próprio.
Os problemas sociais e econômicos do Brasil podem e devem ser resolvidos por meio da aplicação de conhecimento científico. A ciência é sabidamente a resposta sobre como devemos lidar com as desigualdades em nosso país, e o nutricionista faz parte, cada dia em maior número, dos profissionais que tornarão o Brasil independente em termos de pesquisa científica.


Autor

Dra. Karine Freitas

Nutricionista graduada pela Universidade Federal de Ouro Preto (MG), Mestre em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e Doutoranda pela Unifesp. Também é colaboradora da Comissão de Comunicação do CRN-3, gestão 2008-2011.

sábado, 18 de abril de 2009

A FERMENTAÇÃO DOS PÃES


A Fermentação -Uma mudança química em matéria animal e vegetal provocada por leveduras microscópicas, bactérias, ou mofos é chamada de fermentação. Exemplos de fermentação são o azedamento de leite, o crescimento da massa de pão, e a conversão de açúcares e amidos em álcool. Muitas substâncias químicas industriais e vários antibióticos usados em medicamentos modernos são produzidos através de fermentação sob condições controladas.
O resultado da fermentação é que uma substância seja quebrada em compostos mais simples. Em alguns casos a fermentação é usada para modificar um material cuja modificação seria difícil ou muito cara se métodos químicos convencionais fossem escolhidos. A fermentação é sempre iniciada por enzimas formadas nas celas dos organismos vivos. Uma enzima é um catalisador natural que provoca uma mudança química sem ser afetado por isto. A levedura comum é um fungo composto de minúsculas celulas tipo vegetais similares às bactérias. Suas enzimas invertase e zimase quebram açúcar em álcool e gás carbônico. Elas crescem o pão e transformam suco de uva em vinho. Bactérias azedam o leite produzindo ácidos láctico e buturico. Celulas do corpo humano produzem enzimas digestivas, como pepsina e renina que transformam comida em uma forma solúvel. Os produtos de fermentação foram usados desde a antiguidade. Habitantes das cavernas descobriram que a carne emvelhecida tem um sabor mais agradável que a carne fresca. Vinho, cerveja, e pão são tão velhos quanto a agricultura. Queijo, que envolve a fermentação de leite ou creme é outra comida muito antiga. O valor medicinal de produtos fermentados é conhecido de há muito tempo. Os chinêses usavam coalho de feijão-soja mofado para curar infecções de pele há 3.000 anos atrás. Os índios da America Central tratavam feridas infetadas com fungos. A verdadeira causa de fermentação, porém, não era compreendida até o século XIX. O cientista francês Louis Pasteur, enquanto estudando problemas dos cervejeiros e vinicultores da França, encontrou que um tipo de levedura produz vinho bom, mas um segundo tipo torna-o azedo. Esta descoberta conduziu à teoria da origem de doenças de Pasteur . A química das fermentações é uma ciência nova que ainda está em suas fases mais iniciais. É a base de processos industriais que convertem matérias-primas como grãos, açúcares, e subprodutos industriais em muitos produtos sintéticos diferentes. Cepas cuidadosamente selecionadas de mofos, leveduras e bactérias, e são usadas. A Penicilina é um antibiótico que destrói muitas bactérias causadoras de doenças. É derivado de um mofo que cresce em uma mistura fermentativa de substâncias cuidadosamente selecionadas para este propósito. A Penicilina industrial e muitos outros antibióticos se tornaram uma área muito importante da indústria farmaceutica.
O Ácido cítrico é uma das muitas substâncias químicas produzidas por microorganismos. É usado em limpadores de metal e como um preservativo e agente de sabor em alimentos. O Ácido cítrico é responsável pelo sabor azedo de frutas cítricas. Poderia ser obtido delas, mas necessitaria muitos milhares de frutos para produzir a quantia de ácido cítrico atualmente feita pela fermentação de melado com o mofo Aspergillus niger. Um produto de fermentação, Terramicina, é adicionado a rações animais para acelerar o crescimento dos animais e os proteger de doenças. Certas vitaminas são feitas através de fermentação de mofos; e as próprias enzimas, extraídas de vários microorganismos, têm muitos usos na fabricação de alimentos e medicamentos.

BREVE HISTÓRICO SOBRE PÃES

Os povos pré-históricos provavelmente iniciaram a produzir pão há cerca de 10.000 anos atrás. Inicialmente, na antiga Mesopotâmia, as pessoas utilizavam pedras para moer os grãos, misturando com água e então coziam a mistura sobre o fogo. Os arqueologistas encontraram pão nas ruínas de um vilarejo a beira de um lago da Suíça, onde habitavam pessoas cerca de 4.000 anos atrás. Uma cesta de pão que foi assada há 3.500 anos foi encontrada no local onde havia sido enterrada, em uma tumba em Tebas, no Egito.
Antes de o homem aprender a produzir fermento, eles guardavam um pouco da massa crua de cada batelada para misturar com a seguinte. Entre as bateladas, a massa azedava, ou fermentava, por ação de leveduras do ar. Quando misturadas com massa fresca, causava o crescimento de toda a massa. Massa fermentada ainda é utilizada hoje em dia para a produção do que é chamado pão de massa azeda. Atribui-se aos antigos egípcios o descobrimento do processo de fermentação; eles usavam este princípio por volta do ano 2600 AC. Os egípcios forma provavelmente os primeiros a considerar a panificação como uma forma de arte.. Alguns baixo-relevos encontrados em templos egípcios mostravam que eles já sabiam cultivar cereais desde 6000 AC. Os egípcios eram grande bebedores de cerveja e aplicaram seus conhecimentos sobre o processo de fermentação para a elaboração do pão. Os gregos chamavam os egípcios de "arthophagoi", ou "comedores de pão". O primeiro testemunho escrito vem de Heródoto que, em 450 AC, escreveu "todos estão temerosos de alimentos fermentados, mas os egípcios fazem uma massa de pão fermentada".
Os egípcios criaram também o primeiro forno e começaram a utilizar diversos tipos de cereais para fazer farinhas e pães.
Os gregos, que atribuíam a origem do pão aos deuses deram a ele um caráter sagrado. Nós devemos aos gregos a instituição das padarias como estabelecimentos comerciais públicos, e eles ensinaram isto aos romanos. A grande expansão do pão em Roma causou o nascimento da primeira associação oficial de panificadores. Seus membros gozavam de um status muito privilegiado. Eles eram livres de alguns deveres sociais e isentos de muitos impostos. A panificação tornou-se tão prestigiosa durante o Império Romano, que era considerada no mesmo nível que outras artes, como escultura, arquitetura ou literatura. Até politicamente, as classes dominantes usavam pão para satisfazer o povo e fazê-los esquecer os problemas econômicos oriundos da expansão do Império. As legiões romanas levaram o pão para a Península Ibérica, apesar de várias referências afirmarem que o processo de panificação já era conhecido por lá, especialmente sobre fermentação pois eles usavam a espuma da cerveja como fermento, o que produzia um pão mais leve e esponjoso do que o dos romanos, que ainda usavam o resto de massa velhas para a fermentação.
Os romanos melhoraram o processo de moagem, e como resultado disto foram os primeiros a produzir pão branco. Antes disto, somente fazia-se pães escuros, de grãos integrais. Por volta de 100 AC Roma possuía mais de 200 padarias comerciais. Uma escola para padeiros foi criada pelos romanos no século I.
A medida que o pão foi crescendo de importância na vida das pessoas ele começou a fazer parte de suas tradições religiosas. Por exemplo, a Bíblia relata que os antigos hebreus faziam matzota antes da fuga do Egito. Os judeus comem este tipo de pão durante o festival de Passover. A Igreja Católica prega que, durante a celebração da Missa, o padre transforma o pão no corpo de Jesus Cristo.
Ao longo dos séculos, com o aumento das viagens e trocas entre os países, aumentos proporcionalmente as variedades de pães. Mais e mais pessoas em todo lugar aprenderam sobre os diferentes tipos de pão que são feitas nas áreas mais afastadas do mundo.

Poucos indivíduos sabem algo sobre o pão que eles compram, por isto os governos criam leis para proteger os consumidores. Nos Estados Unidos, o Food and Drug Administration (FDA), um organismo federal, limita as quantidades de umidade e amido fora daquele da farinha de trigo que um pão pode conter. Também está especificado que somente farinha de trigo integral pode ser usado para fabricar pão de trigo integral. o FDA também proíbe a utilização de amaciantes químicos no pão. Como um pão grande pode conter mais ar do que um pequeno, mas não pesar mais que este, alguns estados exigem que só podem ser comercializados pães de certos pesos, e as embalagens devem conter estes pesos. Tanto as leis federais como estaduais proíbem nomes comerciais que possam induzir o consumidor a um engano. Outras leis de proteção ao consumidor exigem que os rótulos indiquem a data de panificação e listem as quantidades dos ingredientes usados no pão.

A PRODUÇÃO INDUSTRIAL DE PÃO

Veja que processo interessante esse pra a produção de pão industrial....

Padarias comerciais e industriais possuem máquinas que fazem as etapas de medição, mistura, sovamento, assamento, fatiamento e embalagem. Operários qualificados operam as máquinas e nada é deixado ao acaso. Os ingredientes são pesados precisamente, a temperatura e umidade controlados cuidadosamente e todas as etapas individuais do processo de panificação são criteriosamente acompanhadas. Cada panificador utiliza uma mistura especial de farinhas, produzida pela mescla de tipos de trigo antes ou depois da moagem. Nas grandes padarias industriais o processo de manufatura começa em silos num andar alto de forma que a gravidade conduz a farinha ou massa automaticamente de uma máquina para outra.
Após uma peneiração final, a farinha é alimentada em balanças que automaticamente pesam a quantia correta e despejam-na no misturador, um andar abaixo. Água ou outro líquido, tal como leite, também são despejados no misturador para formar a massa, sendo então adicionados o fermento e outros ingredientes. A quantidade de farinha necessária é afetada pela temperatura e umidade da padaria. Em adição, a temperatura da água deve ser exata para poder dissolver o fermento. O fermento pode ser morto se a temperatura da água estiver apenas um pouco acima da recomendada. Por outro lado seu crescimento pode ser retardado se a água estiver muito fria.
Na etapa seguinte do processo de panificação, a massa é levada para a sala de fermentação, onde é deixada por um período determinado, normalmente várias horas. A seguir, uma balança divisora separa a massa em pedaços com o peso exato para as formas. As boleadeiras aredondam os pedaços em bolas, que são enviados para a parte superior da estufa, onde permaneçem alguns minutos para recuperarem-se dos processos de divisão e arredondamento, assegurando pães macios. As bolas caem da estufa para as formadoras, que dão a conformação exata do pão, conforme a forma a ser usada. As formas são colocadas na estufa, onde o crescimento final acontece. A estufa possui uma temperatura e umidade levemente mais elevadas que a sala de fermentação. Depois disto, as formas são levadas ao forno, onde são assadas a uma temperatura superior a 204ºC por aproximadamene 30 minutos. Vapor de baixa pressão é injetado no forno para evitar a formação de crostas muito rapidamente. a maioria das grandes panificadoras usam túneis, nos quais as formas correm sobre trilhos ou esteiras.Alguns fornos medem mais de 30 metros de comprimento e podem assar mais que 5000 pães por hora.
Após o assamento os pães são resfriados levemente, e uma fatiadora corta-os em fatias uniformes. Finalmente, a embaladora envolve os pães em papel a prova d'água ou plástico e fechados para manter o pão fresco e proteger seu sabor.Os pães são então enviados para comercialização nas lojas e super-mercados.

sábado, 11 de abril de 2009

TOQUE ORIENTAL NESTA PÁSCOA


Aproveite essa receita bem especial para um almoço bem saboroso e nutritivo. Segue...com muito carinho!




Espaguete com Molho de gengibre e Pescada

Preparo: 15 minutos + tempo de preparo da massa

Rendimento: 4 porções


Ingredientes:

300g de pescada

2 colheres (sopa) de óleo de soja

2 colheres (sopa) de cebolinha verde picada

3 colheres (sopa) de gengibre em conserva

4 colheres (sopa) de suco de laranja

2 colheres (sopa) de açúcar

2 colheres (sopa) de molho de soja

1 xícara (chá) de creme de leite

2 sachés de hondashi (tempero para peixe)

300g de espaguete

sal a gosto


Modo de preparo


  1. Corte a pescada em tiras pequenas e frite-as numa frigeira com o óleo aquecida. Assim que dourar, junte a cebolinha verde, o gengibre, o suco de laranja, o açúcar, o molho de soja, o creme de leite, o hondashi e o sal. Deixe cozinhar, mexendo de vez em quando, por 5 minutos ou até encorpar.

  2. Disponha a massa numa panela com 3 litros de água fervente e 4 colheres (chá) de sal.. Cozinhe, mexendo de vez em quando, com cuidado até ficar "al dente". Retire do fogo e escorra a água

  3. Distribua o espaguete nos pratos e sirva com o molho. Decore com cebolinha frita.