quarta-feira, 11 de março de 2009

A ALIMENTAÇÃO E O HUMOR


Nós da área de gastronomia ficamos felizes quando o cliente "raspa" o prato ou repete aquela preparação que fizemos com tanto carinho, dedicação e higiene...EH! Pera aí....mas será que tudo o que preparamos é saudável para o comensal?

Esse artigo nos ajuda a compreender melhor..se o cliente sair meio nervoso...sonolento...Ah...vejamos o que diz o artigo!?


O consumo de alimentos que apreciamos pode animar o nosso humor, fazer-nos sentir mais alegres e descontraídos. Contudo, inversamente, o ato de comer alimentos que gostamos pode estar associado a sentimentos negativos de culpa e remorsos. Como podemos reduzir os efeitos negativos e aumentar o impacto positivo dos alimentos sobre o nosso humor?


O ato de comer é um dos prazeres da vida e, sempre que possível comemos os alimentos que apreciamos e evitamos aqueles que não gostamos. Os estudos demonstram que o consumo dos alimentos que mais gostamos pode estimular a libertação de beta-endorfinas, conhecidas por melhorarem o humor.


No entanto, o poder atrativo de uma refeição não está apenas relacionado com as suas propriedades organolépticas, dependendo adicionalmente da fome/apetite do momento, das experiências prévias com os alimentos em questão e das circunstâncias sociais que acompanham o seu consumo. Por outras palavras, a escolha do tipo de alimentos acertados, na hora certa, com a companhia indicada, faz-nos sentir bem.



O Dr. Peter Rogers, psicólogo experimental da Universidade de Bristol, explicou…



“Normalmente, um alimento apetecido é um “alimento proibido”, como é o caso do chocolate. Se esse alimento for conscientemente evitado, o desejo de o consumir aumenta até que a pessoa deixa de conseguir resistir à tentação. A seguir à sua ingestão, os sentimentos de culpa e o remorso instalam-se, motivo pelo qual a pessoa decide não voltar a comê-lo”.



Não há duvida que o sabor dos alimentos e o prazer de comer pode melhorar o nosso humor e o nosso bem estar. No entanto, o poderoso efeito positivo derivado do ato de comer “alimentos que gostamos particularmente, mas que não devemos comer” é normalmente abafado pelo seu efeito de culpa.



O Dr. Rogers dá-nos sugestões para conseguirmos obter as vantagens dos efeitos positivos dos alimentos sobre o nosso estado de espírito:



" A coisa mais importante a fazer é esquecer os sentimentos de culpa ligados à alimentação. Para tal, as pessoas devem aprender a conseguir ter um relacionamento saudável com os alimentos e desenvolver hábitos alimentares saudáveis realistas. Isto inclui formas de gerir o consumo de alimentos favoritos, por forma a maximizar o prazer que eles nos providenciam sem incorrer em excessos”.



Flaten MA & Blumenthal TD (1999) Caffeine-associated stimuli elicit conditioned responses: an experimental model of the placebo effect Psychopharmacology 145; 105-112

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