Estes dias eu estava numa roda de empreendedores e amigos.
Entre vários assuntos que foram abordados 1 deles me chamou mais atenção: sobre
vegetarianismo. Eu que trabalho com atendimento residencial e com empresas
sempre percebi essa tendência de escolherem itens mais saudáveis e que
mantenham a vitalidade e o bem-estar. Hoje se fala muito de alimentação
saudável, funcional, macrobiótica, ayurveda, sem gluten, sem lactose, vegana e
vegetariana.
Vou me ater aos vegetarianos estritos nos quais incluem os
veganos que têm comportamento mais ativista: defendem a causa animal. Esse
público tem crescido muito nesses últimos anos em torno de 8% dados de 2012 do
IBGE.
O Instituto Ipsos em recente pesquisa constatou que 28% das
pessoas no Brasil “têm procurado comer menos carne”. É o segundo maior índice
mundial, próximo ao canadense e maior que o britânico. Fica atrás apenas do
registrado nos Estados Unidos, onde os hambúrgueres são uma das maiores fontes
de doenças cardiovasculares e sentimento de culpa.
Outro indicador de que há crescente interesse é que duas das
maiores indústrias de carne abriram linhas vegetarianas – com esse nome:
vegetarianas. Certamente empresas como a Perdigão e a Sadia fizeram pesquisas
para lançar sua linha vegetariana e devem ter constatado que é um nicho a
explorar.
A tendência mundial é de crescimento do vegetarianismo – na
Inglaterra – onde existem surveys – 47% da população se autodenominou
vegetariana, mas checadas as respostas se verificou que na verdade boa parte
deste número comia peixe e frango – carnes brancas – e se considerava
vegetariana, mas não era. Mas isso indica uma ´vontade de ser vegetariano´.
No Brasil essa tendência é crescente – assim como o
interesse por "alimentação saudável", onde o vegetarianismo se
encaixa muito bem.
Com esses dados podemos dizer que precisamos acrescentar
itens sem origem animal no cardápio, mas que transcendam o alface, o tomate e a
carne de soja.
Na hotelaria trabalha-se com eventos de todos os tipos: chá
da tarde, brunch, almoço, jantar, café da manhã, Coffee breaks em várias
categorias: Casamentos, Aniversários, celebrações, reuniões, workshops,
seminários e etc. Poderemos enriquecer esses eventos com preparações saborosas
e de baixo custo de preparação.
A empresa que se dispuser a incluir itens light, sem gluten,
sem lactose, com baixo colesterol estará avançando muito.
Estamos para receber uma crescente de hospedes em 2016 com
as Olimpíadas e outros eventos. Seu hotel está preparado para atender esse
público? Os eventos de coffee break estão repletos de variedades apetitosas
para atender a demanda que não se manifesta, apenas toma suco e come frutas dos
itens do buffet?
Em maio tive uma experiencia fascinante ao participar como
Coordenador Gastronômico do evento Networking Curitiba IN - LinkedIN em que
fiquei responsável pelas mesas de coffee break. Tendo percebido essa tendência,
inclui uma mesa vegana. Resultado: as 150 pessoas do evento se dirigiram para
esta mesa e se deliciaram com as coxinhas de jaca verde e de PTS, kibe de
palmito, frutas, sanduíches orgânicos e trufas de chocolate de vários sabores.
Detalhe: o evento não era de vegetarianos. Tinha apenas 1 participante.
Com certeza posso lhe ajudar a captar e atender essa
demanda: Implantar a Cozinha Vegetariana Corporativa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário